Miocardiopatia hipertrófica
Miocardiopatia hipertrófica é uma doença caracterizada pelo aumento da espessura (hipertrofia) da musculatura cardíaca, geralmente assimétrica na ausência de qualquer outra doença cardíaca ou sistêmica que justifique esse aumento. É uma doença de origem genética e apresenta uma prevalência de 0,2% na população geral. É a principal causa de morte súbita em jovens e atletas.
Geralmente é uma doença assintomática e quando sintomática, pode apresentar “falta de ar”, dor torácica, palpitações, desmaio entre outros. O ecocardiograma constitui o principal método para o diagnóstico da patologia.
Como a complicação mais temida é a morte súbita, todo paciente deve ser acompanhado de perto e através de uma avaliação de fatores de risco pode ser indicado o implante de um cardiodesfibrilador implantável (CDI). Dentre o tratamento medicamentoso, podemos citar o uso de medicamentos das classes de betabloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio e a Disopiramida. Quando o paciente é muito sintomático e refratário ao tratamento medicamentoso, pode ser indicado um tratamento mais invasivo que pode ser feito por um procedimento cirúrgico chamado cardiomiectomia ou um procedimento percutâneo com injeção de álcool em um ramo de uma artéria causando diminuição da espessura da camada muscular. Devido a herança genética, deve ser realizado o acompanhamento de parentes mais próximos com exames seriados de ecocardiograma.